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Leituras

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Foto do escritorGiovanna Thomaz

Frankenstein - Mary Shelley

Um livro que amo e odeio.

 

Amo porque mesmo que escrevesse 50 textos como esse ainda não conseguiria dar conta da infinitude de coisas que eu poderia dizer, debater, pensar sobre esse livro. Odeio porque Mary Shelley escreveu essa obra-prima com apenas 19 anos. Morro de ciúmes.


Brincadeiras à parte, a grotesca história de um cientista que dá vida a um cadáver formado por partes de animais mortos e pedaços de corpos humanos é tão intensa e desoladora que deslumbrou inúmeros leitores e cineastas ao longo do tempo. Ainda nos dias de hoje, ela é uma das histórias mais adaptadas e contadas no cinema, por exemplo.



Apesar de muito marcante, a história é tão perturbadora que monstro e cientista acabaram virando uma coisa só no nosso imaginário. Quem ainda não leu o livro talvez se surpreenda em saber que Frankenstein, na verdade, é o cientista - sua criação demoníaca, o mostro, nunca é nomeado na narrativa.


Outro fato interessante é que o livro possui inúmeros significados e interpretações diferentes. Na minha opinião, uma das mais interessantes é a de que Frankenstein - publicado em 1818 e tendo como personagens centrais dois homens e uma narrativa centrada na complexa relação entre eles - é, na verdade, um livro essencialmente feminista.


Filha de Mary Wollstonecraft, uma das primeiras filósofas da história, não é exagero dizer que Shelley seguiu os passos vanguardistas da mãe. Frankenstein, afinal, pode ser lido como um estudo do que acontece quando os homens temem, desconfiam ou desvalorizam as mulheres a ponto de tentarem se reproduzir sem elas. De certa forma, Victor está tentando ignorar o "feminino" por completo ao criar a vida (que acaba sendo monstruosa) sem recorrer ao útero.





Para além de vários outros simbolismos escondidos ao longo do texto, observamos claramente que, graças à falta de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal de Victor, coisas horríveis acontecem com as mulheres nesse romance. Morro de inveja mas mais ainda de admiração pela jovem Mary Shelley que escreveu um clássico divertido, complexo e profundo com apenas 19 anos de idade.


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